O III Seminário do Paradesporto da Secretaria de Esporte e Lazer de Fortaleza (Secel) deu o pontapé inicial, nesta quarta-feira (28), da I Semana Municipal de Paradesporto, que seguirá até 07 de outubro. Os participantes do seminário puderam conferir, no auditório da biblioteca da Unifor, sete palestras de temas diretamente ligados ao paradesporto.
No primeiro momento, durante a abertura do evento, a mesa foi composta pelo Secretário de Esporte do município, Evaldo Lima; o diretor do Centro de Ciências da Saúde da Unifor, Flavio Ibiapina, que representava a reitoria da Universidade; o coordenador do Curso de Educação Física da Unifor, Carlos Augusto de souza, representando o Conselho Regional de Educação Física; e o coord. do curso de Ed. Física da Fametro, Genilson César, que falaram aos presentes sobre a importância de um seminário sobre paradesporto.
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Jefferson Lima |
Em seguida, teve início o ciclo de palestras do período da manhã. Dentre os temas abordados esteve a "Natação paraolímpica. Adaptações para o treinamento de alta perfomance", com Jerffeson de Sousa Lima, especialista em Treinamento Desportivo, coordenador Geral de Esportes Aquáticos do Náutico e Diretor Técnico da Associação Cearense do Esporte Adaptado. "A boa performance só funciona com disciplina", explicou o Profº Jerffeson de Sousa ao mencionar a exigência aos atletas por dedicação e compromisso para a garantia de bons resultados nas competições.
O paraatleta de natação Carlos Alberto Lopes Maciel (Betão) também esteve presente no evento. Ele explanou sobre sua experiência em treinos de alto rendimento e de sua preparação para o Parapanamericano de Guadalajara, no México, em novembro. "Desde 2008, estou treinando fortemente. Será um grande orgulho representar o Ceará", destacou.
Já no período da tarde, na palestra da profª. de Farmácia Arlandia Lima, o assunto em destaque foi o “uso de medicamentos por atletas: saúde ou doping?”. Ela alertou para o fato de que algumas substâncias utilizadas pelos esportistas para melhorar o desempenho físico podem ser consideradas doping, dependendo da quantidade e da prática esportiva. “Usar suplemento não é doping. Um atleta de alto rendimento precisa dele, mas é preciso saber a origem do suplemento, pois é possível haver substâncias proibidas”, disse Arlandia chamando a atenção dos profissionais e estudantes presentes para o cuidado com a ingestão de substâncias.
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Profa. Heloísa e seus colaboradores |
Outra temática que atraiu a atenção dos participantes foi “o treinamento de professores para a iniciação à natação adaptada”, ministrada pela profª de Educação Física Heloísa Stangier. Ainda nos anos de 1990, a disciplina de esporte do paradesporto foi tornada obrigatória nas faculdades de Educação Física do Brasil. No entanto, uma única disciplina não dava conta de todas as modalidades esportivas praticadas por paraatletas.
De acordo com Heloísa Stangier, a solução encontrada para suprir a demanda por um conhecimento especializado, por parte de esportistas e profissionais da saúde, foi buscar capacitação fora da universidade. “A procura pelos cursos que oferecem treinamento para o esporte adaptado tem sido satisfatória. Isso acontece porque o paradesporto tem se destacado, inclusive nas Paraolimpíadas, que agora tem ingressos disputados”, garantiu Heloísa.
Segundo o coordenador de Esporte Adaptado da Secel, Henrique Gurgel, "a semana do paradesporto objetiva a capacitação desses profissionais a realizarem projetos e trabalhos multidisciplinares, ao mostrar a complementaridade existente entre as profissões da saúde e do esporte".
I Semana Municipal de Paradesporto - do seminário, 50 pessoas serão selecionadas para participar de workshop, no dia 1º de outubro, também na Unifor. O workshop deverá capacitar os inscritos para trabalhar nos Jogos Municipais de Paradesporto, que acontecem de 03 a 07 de outubro, na Federação Cearense de Tênis de Mesa Adaptado e na Unifor.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Secretaria de Esporte e lazer de Fortaleza(Secel)