quarta-feira, novembro 30

Os Benefícios do Treinamento Funcional para Cadeirantes

Atualmente, grupos de pessoas com deficiência física ou mobilidade reduzida descobriram os benefícios do Treinamento Funcional para a melhoria de sua qualidade de vida. As dificuldades nos movimentos, que antes criavam obstáculos na vida dos deficientes, só diminuem com a prática da atividade física adaptada. Realizar exercícios físicos com um acompanhamento profissional e com uma meta definida é uma necessidade para quem quer sair da monotonia, mesmo com limitações físicas. Este é objetivo do treinamento funcional voltados a pessoas com deficiência.

Para esclarecer melhor como isso funciona, especialmente para os cadeirantes e atletas paraolímpicos, o blog Belas no Esporte entrevistou o educador físico João Tavares Neto, da academia Cross Gym, em Fortaleza. Confiram a entrevista:

Belas no Esporte - Desde que o Treinamento Funcional começou a ser aplicado nas academias ele também era destinado a cadeirantes? Ou houve uma adaptação com o passar do tempo?

Professor João – “O Treinamento Funcional, como o próprio nome já diz, é um treino para melhorar as funções do seu corpo. Seu objetivo é atuar nos principais componentes de habilidades físicas, como força, coordenação, equilíbrio e resistência, respeitando as individualidades de qualquer que seja o indivíduo. Isso quer dizer que  qualquer pessoa pode praticar, independente de ser uma pessoa dita normal ou especial, não só cadeirantes como qualquer um que possua deficiência. O importante é lembrar que o aluno deve sempre passa por uma avaliação, onde vamos ver qual são seus pontos mais fracos e com isso montar o seu treino de acordo com suas limitações. Nós, professores da CrossGym, estamos habilitados para atender qualquer tipo de deficiência e atuar para melhorar as funções de nossos alunos”.

Belas no Esporte – Quais os benefícios que o cadeirante pode ter ao praticar o treino funcional?

Professor João – “Os cadeirantes vão ter todos os benefícios de qualquer pessoa dita normal, como ganho de força, resistência e mobilidade e com os treinos ele passa a melhorar também suas tarefas diárias”.

Belas no Esporte – O treinamento funcional é usado como ‘reforço’ para os atletas paraolímpicos?

Professor João – “Sim, o treinamento funcional deve primeiramente melhorar o que o atleta mais precisa, além de atuar como uma extensão e preparação para o seu treinamento. Sua rotina na academia deve lhe dar um suporte físico para melhorar os rendimentos nos treinos da modalidade que ele pratica e assim melhorar cada vez mais os resultados dentro do seu esporte”.

Belas no Esporte – Como o aluno tem mais dificuldade para sustentar o peso do corpo, os exercícios tem que ser bastante personalizados, não é?

Professor João – “O trabalho deve ser todo individualizado respeitando os limites daquele aluno. Primeiramente ele só poderá fazer um exercício que esteja de acordo com a sua condição física, e isso vai de acordo com a sua necessidade”.

Belas no Esporte – Cada cadeirante tem um treino específico ou existem aulas prontas para as pessoas com essas necessidades especiais?

Professor João – “Sim, cada aluno tem um programa de treinamento com rotinas que vão de acordo com seu objetivo e a sua necessidade, para que assim ele consiga resultados rápidos e de maneira satisfatória”.

Belas no Esporte – Os cadeirantes tem procurado mais o treino funcional?

Professor João – “Com certeza, não só em Fortaleza como em todo Brasil, as pessoas portadoras de deficiência estão cada vez mais aderindo ao treinamento funcional, e conseguindo cada vez mais resultados melhores do que conseguiam em outras modalidades”.

Belas no Esporte – Você tem alunos cadeirantes? Algum atleta? De que modalidade? Que resultados ele (ou eles) tem obtido com o treinamento?

Professor João – “Sim, nós temos na Crossgym alunos cadeirantes que estão em busca de uma melhor qualidade de vida e temos um aluno cadeirante atleta de natação, competidor de nível nacional, que depois que começou a praticar o treinamento funcional como uma extensão da sua preparação física, só tem melhorado cada vez mais seus resultados dentro da piscina e do seu dia a dia”.

(Professor João Tavares da Cruz Neto – Pós Graduado em Treinamento Esportivo pela Universidade Estadual do Ceará, Professor da Academia CrossGym em Treinamento Funcional)


Academia CrossGym. 
Rua República do Líbano, 1415. Telefone 3267 4795.


Fonte: Blog Belas no Esporte

domingo, novembro 27

Jogos Paraolímpicos do Ceará

Nesse sábado (26), paraatletas do atletismo e natação encerraram suas participações no JPC

Beto, Serginho e Ivan
A oitava edição dos Jogos paraolímpicos do Ceará chegou ao fim nesse sábado, com a participação dos atletas no atletismo e natação. Cerca de 100 competidores marcaram presença e agitaram os dois locais de provas que ocorreram, na FIC via corpvs e Unifor.

A Associação Cearense do Esporre Adaptado levou seis de atletas para os jogos: cinco, na natação e um no atletismo. Os esportistas mostraram porque estão entre os melhores do Ceará, com cada atleta competindo em apenas três provas, eles fizeram bonito e trouxeram 17 medalhas para a entidade. Um ouro no atletismo, com Serginho Lima, e na natação, 11 ouros e cinco pratas.

Yuri Soares
Ao final das provas uma concentração da fãs se formou no pódio. Era Carlos Alberto, que estava ali para receber sua medalha da última prova que disputará, mas  foi surpreendido pelo assédio nas meninas, que lá se encontravam esperando o momento exato para tirarem uma foto ao lado do campeão da Américas, na classe SB8. 

Os jogos paraolímpicos aconteceram entre os dias 23 e 26 de novembro e reuniu cerca de 600 paratletas de todo o estado. A próxima competição paralímpica será o III Meeting de natação que acontecerá no dia 10 de dezembro e promete ser um grande evento. Não percam!

Confira os resultados dos nossos atletas:

Ivan, ouro em todas as provas
Carlos Alberto
100m borboleta: ouro
100m medley: ouro
200m livre: prata

Abel Souza
100m costas: prata
100m peito: ouro
50m livre: ouro

Henrique Gurgel
100m costas: prata
100m peito: prata

Ivan Anastácio
100m livre: ouro
200m livre: ouro
100m costas: ouro

Sergio Lima
100m livre: ouro
100m peito: ouro
50m livre: prata
Atletismo - ouro no salto em distância

Yuri Soares
100m livre: ouro
100m borboleta: ouro

Equipe Acea

Assessoria de Imprensa da Associação Cearense do Esporte Adaptado
Deborah Vieira

quarta-feira, novembro 23

Abertura dos Jogos Paraolimpicos acontece nesta quarta (23)

Tudo pronto para a maior festa do paradesporto no Ceará. Em parceria com a Associação dos Deficientes Motores do Ceará – ADM, a Secretaria do Esporte do Estado realiza nesta quarta-feira (23), a cerimônia de abertura dos Jogos Paraolímpicos do Ceará. A solenidade terá início a partir das 18h, no Ginásio Poliesportivo da Unifor.

Os jogos têm início às 17h com o futsal intelectual e seguem ate o dia 26 de novembro, finalizando com a natação. Durante os quatro dias de competições, cerca de 600 paraatletas intelectuais, visuais, auditivos e físicos participarão nas modalidades paradesportivas de atletismo, natação, futsal, tenis de mesa, basquete, karatê, taewkondo e xadrez.

Jogos Paraolímpicos do Ceará
Os Jogos Paraolímpicos do Ceará tem por objetivo incentivar e fomentar a atividade paradesportiva e identificar potenciais atletas paraolímpicos, como forma de alcançar o universo de pessoas com deficiências em nosso Estado. O evento tem como um dos pilares principais a articulação de ações para a inclusão social, contribuindo para a formação integral de pessoas com deficiência.

Fonte: Sesporte


sexta-feira, novembro 18

III Meeting Cearense de Natação Paraolímpica: inscrições abertas

Com a  organização e realização da Federação Cearense de Desportos Aquáticos (FCDA)  e Associação Cearense do Esporte Adapatado (Acea) e apoio da Secretaria de Esporte e Lazer de Fortaleza (Secel). No dia 10 de dezembro, será realizada a terceira edição do Meeting Cearense de Natação Paraolímpica.

Inscrições
As inscrições para atletas e staff já estão abertas. A inscrição do atleta deverá ser enviada nos mapas padronizados da FCDA e deverão ser entregues, até dez dias antes do evento, na sede da FCDA. Para os interessados em participar do evento como staff, é necessário enviar currículo para o do Coordenador do Paradesporto da secel, Henrique Gurgel, para o email henriquesamuelgurgel@gmail.com até o dia 02 de dezembro. Podem se inscrever estudantes dos cursos de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, que estejam cursando a partir do 3º semestre, ou profissionais formados nessas áreas.

Meeting Paraolímpico
O III Meeting Cearense de Natação Paraolímpica tem a finalidade de promover e divulgar a natação paraolímpica no Ceará. O evento vem ganhando força no estado e já conta com a participação de entidades de fora do estado. Já está confirmada a presença da CETEFE-DF. Anualmente a competição envolve cerca de 100 paratletas com deficiência física, visual e intelectual e segue as regras do Comitê Paraolímpico Internacional (IPC).

SERVIÇO
III Meeting Cearense da Natação Paraolímpica
Data: 10 de dezembro de 2011
Local: Nático Atletico Cearense
Horário: 7:30hs às 8:45 - aquecimento
9hs início das provas
Inscrição - Atleta: até o dia 01 de dezembro

FCDA - Av. Abolição, 2727 (dentro do náutico)
E-mail: fcda@fcda.com.br com cópia para guisanchis@hotmail.com

Inscrição - Staff: até o dia 02 de dezembro
henriquesamuelgurgel@gmail.com

Contato: Prof. Guillermo Sanchis - FCDA 85-8782.0901


Assessoria de Imprensa da Associação Cearense do Esporte Adaptado
Deborah Vieira (imprensaacea@yahoo.com.br - 85 8786.1649)

segunda-feira, novembro 14

O Cearense Carlos Alberto Maciel é ouro no Parapan

Crédito/Foto: Fernando Maia/ Fotocom.net/CPB
O para-atleta Carlos Alberto Maciel garantiu a medalha de ouro na prova dos 100m peito classe S8 dos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara. Beto disputou de forma emocionante a primeira colocação na noite desta segunda-feira (14).

O esportista chegou à frente com o tempo de 1m21s43, deixando para trás o mexicano Luis Andrade Guillen, que ficou com a prata,com o tempo de 1m21s96 e o argentino Facundo Lazo, que levou o bronze. O também brasileiro William Santana chegou em quinto lugar.

O cearense conseguiu responder às expectativas de medalha. Antes do início dos Jogos de Guadalajara, Beto era uma das grandes esperanças cearenses na conquista do ouro. No pódio, ainda muito emocionado, Beto, não conteve as lágrimas - era um sonho sendo realizado.

Carlos Alberto, ainda pode conquistar mais duas medalhas, pois, ele ainda  nadará mais duas provas: 200m medley, dia 17 e 100m borboleta, dia 18 de novembro encerrando sua participação no Parapan. 

Assessoria de Imprensa da Associação Cearense do Esporte Adaptado (Acea)

domingo, novembro 13

Cearense estreia no Parapan de Guadalajara

O atleta e vice-presidente da Associação Cearense do Esporte Adaptado (Acea), Carlos Alberto, o Beto, estreou na noite deste domingo (13) no Parapan de Guadalajara. Beto disputou a prova dos 100m costas chegando em 5° lugar.  Favorito nesta etapa, Caio Amorim ficou com o  ouro.

Amanhã, Beto cairá na água em busca do seu primeiro ouro na competição. Ele vai nadar os 100m peito, prova no qual, ele detêm o recorde americano com o tempo de 1m18s66. "Amanhã é o dia! Vou ficar concentrado durante todo o dia para essa prova, eu quero o ouro", garantiu nosso atleta após a prova disputada hoje.

Os Jogos Parapan-Americanos, acontecem em Guadalajara, no México e segue até o dia 20 de novembro. O Brasil tem a maior delegação com 222 atletas e pretende garantir o mesmo feito do Parapan do Rio, quando ficou em primeiro lugar no quadro geral de medalhas.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Associação Cearense do Esporte Adaptado


Brasil disputa primeiras medalhas do Parapan neste domingo

Ciclismo e natação têm boas chances de ouro no primeiro dia de competições

O Brasil estreia nos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara este domingo brigando por medalhas no Ciclismo e na Natação. Os primeiros a buscar um lugar pódio serão os ciclistas Flaviano de Carvalho, Jefferson Spimpolo, João Alberto, Soelito Gohr, Jady Malavazzi e Marleide da Silva, que disputam a prova Contra Relógio a partir das 9h (13h de Brasília). 

Bicampeão mundial de Estrada na Itália (2009) e no Canadá (2010), e quarto lugar nas Paraolimpíadas de Pequim em 2008, Soelito Gohr é a maior esperança de ouro no primeiro dia de provas do ciclismo, quando tentará superar colombianos e canadenses, apontados pelo coordenador da modalidade, Romolo Lazzaretti, como os principais adversários dos brasileiros.

À tarde, em 11 provas a partir das 16h (20h de Brasília), a equipe de natação começa uma competição particular contra os canadenses, que ficaram em primeiro no quadro de medalhas no Rio em 2007, com dois ouros a mais que o Brasil (41 a 39), apesar da supremacia brasileira no total (108). “Estamos mordidos”, diz Clodoaldo da Silva, dono de 11 ouros em Parapans (quatro em 2003, em Mar del Plata, e sete no Rio, em 2007).

O domingo marca também a estreia da Bocha nos Jogos Parapan (a modalidade foi incluída este ano) a partir das 10h30 (14h30), mesmo horário em que a seleção feminina de Goalball entra em quadra para enfrentar o Canadá. A equipe masculina da modalidade inicia sua participação pouco depois, contra a Nicarágua, às 13h30 (17h30). A seleção feminina de Basquete em Cadeira de Rodas enfrenta o Canadá às 11h15 (15h15) pelo Grupo A, que tem ainda Argentina e El Salvador.

Campeã no Rio em 2007 com 26 medalhas (11 de ouro, sete de prata e oito de bronze), a equipe do Tênis de Mesa começa a campanha pelo bi às 9h (13h de Brasília), com as primeiras eliminatórias individuais. Às 11h (15h) é a vez do Tênis em Cadeira de Rodas, que trouxe para Guadalajara os medalhistas de 2007 Carlos Alberto do Santos (o Jordan), ouro em dupla e bronze individual, Mauricio Pomme, ouro individual, e Rejane da Silva, prata em dupla, além dos estreantes Daniel Rodrigues e Natália da Costa, ouro no Parapan Juvenil na Colômbia, em 2009.

Fonte: Equipe de comunicação do Comitê Paraolímpico Brasileiro

Especial: Parapan-Americano de Guadalajara

Os Jogos Parapan-Americanos tiveram sua origem em 1967, em Winnipeg, no Canadá. Seis países se reuniram para disputar os Jogos Pan-Americanos para Paraplégicos, com modalidades disputadas em cadeiras de rodas. Até 1995 foram realizadas nove edições similares, para modalidades e classes específicas.

A partir de 1999, na Cidade do México, a competição ganhou o nome de Jogos Parapan-Americanos e reuniu diferentes tipos de deficiência e modalidades, sob a chancela do Comitê Paralímpico Internacional (IPC). Na primeira edição participaram aproximadamente mil atletas de 19 países, em quatro modalidades. Desde então a competição tem crescido a cada realização.

Em sua terceira edição, no Rio 2007, os Jogos Parapanamericanos foram coordenados pelo Comitê Organizador dos XV Jogos Panamericanos, em parceria com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), seguindo as regras estabelecidas pelo Comitê Paralímpico das Américas (APC) e do IPC. Na ocasião, mais de 1.300 atletas de 25 países competiram em 10 modalidades.

O Brasil conquistou ao todo 572 medalhas nas três edições dos Jogos Parapan-Americanos (255 ouros, 176 pratas e 141 bronzes). Após fi car por duas edições em segundo lugar no quadro geral de medalhas, o País garantiu a primeira posição no Rio 2007 e pretende repetir o sucesso em Guadalajara 2011. Acompanhe o crescimento do País na competição:

- Cidade do México 1999 - 2º lugar no quadro geral de medalhas, com 92 de ouro; 55 de prata e 33 de bronze, com um total de 180.

- Mar del Plata 2003 - 2º lugar no quadro geral de medalhas, com 80 de ouro; 53 de prata 31 de bronze, com um total de 164.

- Rio de Janeiro 2007 - 1º lugar no quadro geral de medalhas, com 83 de ouro; 68 de prata e 77 de bronze, com um total de 228.


Na disputa
Começou hoje a maior competição das Américas, que segue até o dia 20 de novembro, os 222 atletas irão competir em 13 modalidades e esperam repetir o excelente resultado do Parapan do Rio, quando alcançou o primeiro lugar geral no quadro de medalhas.


Agora, para vocês entrarem no clima dos jogos, conheçam um pouco das modalidades que serão disputadas. Veja:


ATLETISMO - As provas são definidas de acordo com a defi ciência dos competidores, divididas entre corridas (100m, 200m, 400m, 1.500m, 5.000m e maratona), saltos (altura, distância e triplo), lançamentos (dardo e disco) e arremesso (peso). Na pista, dependendo do grau de deficiência visual do atleta, ele pode ser acompanhado por um atleta-guia, que corre ao seu lado ligado por uma cordinha. Ele tem a função de direcionar o atleta, mas não deve puxá-lo, sob pena de desclassificação. No Brasil, a modalidade é administrada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro.


BASQUETE EM CADEIRA DE RODAS - Cada atleta é classificado de acordo com seu comprometimento físico-motor numa escala de 0,5 a 4,5. Para facilitar a classifi cação e participação dos atletas que apresentam qualidades de uma e outra classe distinta (os chamados casos limítrofes) foram criadas classes intermediárias: 1,5; 2,5 e 3,5. O número máximo de pontuação em quadra não pode ultrapassar 14 e vale a regra de que quanto maior a deficiência, menor a classe.


BOCHA - Modalidade que requer concentração, controle muscular e muita precisão, a Bocha é destinada a pessoas com paralisia cerebral e outros problemas neurológicos que utilizem cadeira de rodas. A competição consiste em lançar bolas (vermelhas ou azuis) o mais próximo possível da bola branca (jack, no Brasil conhecida como bolim). É permitido o uso das mãos, dos pés ou de instrumentos de auxílio para atletas com grande comprometimento nos membros superiores e inferiores. Há três maneiras de se praticar o esporte: individual, duplas ou equipes. No Brasil, a bocha é administrada pela Associação Nacional de Desporto para Deficientes (ANDE).


CICLISMO - O esporte começou a ser desenvolvido na década de 1980 por competidores com deficiência visual. A modalidade entrou para o programa oficial dos Jogos Paralímpicos em Seul 1988, mas a partir de Atlanta 1996 cada tipo de deficiência passou a ser avaliado de forma específica, com a inclusão de provas de velódromo. No Parapan de Mar del Plata 2003, o País trouxe duas medalhas de ouro e uma prata.
Podem competir paralisados cerebrais, defi cientes visuais, amputados e lesionados medulares (cadeirantes), de ambos os sexos. As provas são de velódromo, estrada e contra-relógio. No Brasil, a modalidade é administrada organizada pela Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC).


FUTEBOL DE 5 - Exclusivo para cegos, os jogos ocorrem em quadra de futsal adaptada ou em campo de grama sintética. Cada time é formado por cinco jogadores – que são completamente vendados – e o goleiro tem visão total e não pode ter participado de competições oficiais da Fifa nos últimos cinco anos. Junto às linhas laterais, são colocadas bandas que impedem que a bola saia do campo.


GOABALL - O jogo consiste em lançar a bola pelo chão com a mão, na direção do gol adversário, enquanto o oponente tenta bloqueá-la com seu corpo. A quadra tem a mesma dimensão de uma quadra de voleibol e o gol abrange toda linha de fundo (9mx1,30m). Cada equipe fica do seu lado do campo, com três jogadores cada e, no máximo, três suplentes no banco. Vendados, os jogadores são orientados através de um guizo instalado dentro da bola e, portanto, o silêncio do público durante as disputas é imprescindível. No Brasil, a modalidade é administrada pela Confederação Brasileira de Deporto para Deficientes Visuais (CBDV).


HALTEROFILISMO - Assim como no convencional, vence quem levantar o maior peso. Deitados em um banco, os atletas executam um movimento conhecido como supino. A prova começa no momento em que a barra de apoio é retirada (com ou sem a ajuda do auxiliar central) deixando o braço totalmente estendido. O atleta flexiona o braço descendo a barra até a altura do peito. Em seguida, elevam-na até a posição inicial, finalizando o movimento. No Brasil, a modalidade é organizada pelo CPB.



JUDÔ - o Judô começou a ser praticado por deficientes visuais na década de 1970 e teve sua estreia nas Paraolimpíadas de Seul 1988. Os atletas lutam em diferentes categorias divididas por peso. O confronto dura até cinco minutos e segue a maioria das regras do judô convencional, com pequenas modificações. Uma delas é que o atleta tem contato com o oponente antes mesmo da luta começar e caso o contato seja perdido, a luta é paralisada. No Brasil, a modalidade é administrada pela CBDV.


NATAÇÃO - A tradição brasileira dentro das piscinas é notável. No Parapan do Rio 2007, o Brasil ficou em segundo lugar geral da modalidade, perdendo apenas para o Canadá, com 39 medalhas de ouro, 30 de prata e 29 de bronze. Os medalhistas paraolímpicos Clodoaldo Silva, Daniel Dias, Andre Brasil e Edênia Garcia são alguns nomes de peso. Na natação, competem atletas com diversos tipos de deficiência (física e visual) em provas como dos 50m aos 400m no estilo livre, dos 50m aos 100m nos estilos peito, costas e borboleta. O medley é disputado em provas de 150m e 200m. As provas são separadas de acordo com o grau e o tipo de deficiência. No Brasil, a modalidade é administrada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).


TÊNIS DE MESA - Participam do Tênis de Mesa atletas de ambos os sexos com paralisia cerebral, amputados e cadeirantes. As competições são divididas entre atletas andantes e cadeirantes. Os jogos podem ser individuais, em duplas ou por equipes. As partidas consistem em uma melhor de cinco sets, sendo que cada um deles é disputado até que um dos jogadores atinja 11 pontos. Em caso de empate em 10 a 10, vence quem primeiro abrir dois pontos de vantagem. No Brasil, a modalidade é organizada pela Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM).


TÊNIS EM CADEIRA DE RODAS - O jogo segue as regras do tênis convencional e a única diferença é que a bola pode quicar duas vezes, a primeira tendo que ser nos limites da quadra. Os eventos se dividem em individuais e duplas e o vencedor de um jogo é o atleta que vencer dois sets. No Brasil, a modalidade é organizada pela Confederação Brasileira de Tênis (CBT).


TIRO COM ARCO - Competem arqueiros em cadeira de rodas, paralisados cerebrais, amputados e les autres. As provas são individuais ou por equipe. Uma distância de 70m separa o atleta do alvo, que mede 1,22m de diâmetro, sendo formado por dez círculos concêntricos. O mais externo vale um ponto. A partir daí, quanto mais próxima do círculo central estiver a flecha, maior a pontuação obtida. Quem acerta o centro do alvo, lance que requer muita precisão, recebe 10 pontos. Caso a fl echa fi que no limite entre dois círculos, é considerado o de maior valor. Se uma seta perfurar a outra, a mesma pontuação da primeira é dada à segunda. No Brasil, a modalidade é organizada pela Confederação Brasileira de Tiro com Arco (CBTarco).


VÔLEI SENTADO - Formados por seis atletas, o objetivo dos times é passar a bola por sobre a rede e fazê-la tocar o chão da quadra adversária. Para isto, os atletas devem sempre manter a pélvis encostada no chão. A partida tem cinco sets e ganha o time que primeiro vencer três sets. É necessário atingir 25 pontos para ganhar o set, com, ao menos, dois pontos de vantagem. No quinto set, é necessário atingir 15 pontos, com a mesma regra da diferença. No Brasil, a modalidade é administrada pela Associação Brasileira de Voleibol Paralímpico (ABVP).


Fonte consultada site do Comitê Paraolímpico Brasileiro e livro Introdução ao Movimento Paraolímpico

quarta-feira, novembro 9

Atletas já ocupam a Vila do Parapan de Guadalajara, no México

A bandeira do México, país sede dos Jogos Parapan-americanos 2011, foi hasteada nesta segunda-feira, 7 de novembro, como marco inicial da abertura da Vila Parapan-Americana.

Cerca de 1.500 atletas de 23 países participam dos Jogos de Guadalajara, México. Com 13 modalidades, o evento é um dos últimos grandes anteriores às Paraolimpíadas de Londres 2012.
Na Abertura da Vila estavam presentes Imelda Guzman de Leon, presidente do Comitê Organizador dos Jogos Parapan-americanos, Nick Van Der Kaaij, o prefeito da Vila, Andew Parsons, presidente do CPB, Edilson Rocha Tubiba, diretor técnico e Chefe de Missão do Brasil no Parapan, o Diretor Executivo do Comitê Paraolímpico Internacional, Xavier Gonzalez, e Eduardo Obregón, Chefe de missão da equipe mexicana.

"Estes Jogos foram planejados por mais de quatro anos e são extremamente importantes para o México e para o seu povo", disse Obregón. "

"Os atletas vão dar o máximo, pensando em medalha e nos Jogos Paraolímpicos de Londres", afirmou Gonzalez. "Por isso, haverá uma boa representação de alguns países fortes, bem como de outros em desenvolvimento paradesportivo como Venezuela, Colômbia, Argentina e Cuba. Além de possíveis ganhadores de medalhas nos Jogos de Londres, estamos antecipando a chegada de uma nova geração de atletas que certamente irá competir no Rio 2016 ".

Gonzalez  apontou, ainda,  Brasil, México, EUA e Canadá como os favoritos ao topo do quadro de medalhas.

Com 9,7 hectares de terra e localizado no município de Zapopan, na parte ocidental de Guadalajara, a Vila Parapan-americana fica próxima ao Estádio Omnilife icónica, casa do Chivas Football Club.

Os Jogos Parapan-americanos 2011 ocorrerão de 12 a 20 novembro. A Cerimônia de Abertura será neste sábado, no Telmex, estádio onde ocorrerão as provas de atletismo.

Modalidades no Parapan: Atletismo, Basquete em cadeira de rodas, Boccia,  Ciclismo, Futebol 5, Goalball, Judô, Halterofilismo, Natação, Ténis de Mesa, Ténis de Cadeira de Rodas, Tiro com Arco e Voleibol Sentado.

Fonte: IPC

domingo, novembro 6

Cearense vai representar o Ceará e o Brasil nos Jogos Parapan-Americano

Beto(vice-pres.Acea), Claudinha,
Henrique (pres.Acea) e Guillermo
Neste domingo (06), o para-atleta Carlos Alberto Maciel, o Beto, viaja rumo a maior competição das Américas - os jogos Parapan-Americano. Natural de Morada Nova, ele é o único cearense convocado para integrar a equipe brasileira de para-natação. Representando o Ceará na piscina do complexo aquático do Parapan 2011, o esportista participará de quatro provas: 100m borboleta; 100m costas; 100m peito e 200m medley.

Serão 223 atletas representando os mais de 190 milhões de brasileiros, nas 13 modalidades à serem disputadas, são elas: atletismo; basquete em cadeira de rodas, ciclismo, futebol de 5, goalball, judô, halterofilismo; Natação; tênis de mesa; tênis em cadeira de rodas; tiro com arco e vôlei sentado. Os jogos acontecem entre os dias 12 e 20 de novembro em Guadalajara, no México.

De Morada Nova para o Mundo...

No interior de Morada Nova, no rio Banabuiú, ele começou a dar as primeiras braçadas. Carlos Alberto Maciel, mais conhecido como Beto ou Betão, jamais imaginava que daquele nado de lagoa poderia sair um grande atleta.

Aos 12 anos, perdeu seu braço direito numa máquina de bater arroz. Mas, esse fato não o impediu de seguir sua vida feliz e, principalmente, de fazer o que mais gostava: praticar esportes. Começou no atletismo, foi para o paratriatlon, enfim, um verdadeiro amante do desporto.

Sempre muito curioso e aventureiro, em 2008, ele resolveu saber qual era sua classificação na natação, visto que a pessoa com deficiência, para competir em qualquer modalidade, deve passar por um processo chamado classificação funcional, definindo em qual classe poderá competir.

Classificado na categoria S8, ele foi competir pela primeira vez. Conseguiu se destacar, obtendo o seu primeiro recorde brasileiro. “Eu tinha curiosidade em saber qual era minha classe e, em 2008, eu vim me aventurar e, na minha primeira nadada, quase me afoguei, mas fiz meu primeiro recorde brasileiro, nos 100m borboleta”, comentou.

Começava ali uma linda história de superação e muita determinação. Hoje, Beto é um dos grandes nomes da natação paraolímpica cearense. Conseguiu grandes resultados este ano e foi com essa vibrante força, que ele conseguiu a tão sonhada vaga para o Parapanamericano de Guadalajara.O índice foi obtido na primeira etapa do Circuito Loterias Caixa, em São Paulo, quando bateu o recorde das Américas, nos 100m peito. Para ele, a satisfação de poder representar seu país é sua maior conquista. 

De malas prontas, ele seguiu hoje, para São Paulo e amanhã estará embarcando para a realização de seu sonho: está nos Jogos Parapan - Americano. O para-atleta se juntará amanhã com a seleção brasileira de para-natação e segue seu destino, para a vila Parapamericana. 

É o dia mais feliz da minha vida de para-atleta, pois desde 2008 sempre treinei forte e com determinação com o objetivo de algum dia representar o meu país. Hoje, em 2011, esse sonho se tornou realidade, declarou.

 FONTE:Assessoria de Imprensa da Associação Cearense do Esporte Adaptado (Acea)
Deborah Vieira (85 8786.1649)


Parapan - Americano - Guadalajara 2011

Seleções brasileiras começam a embarcar para o Parapan -Primeiros grupos viajam no domingo, 6, e embarcam no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP)

A oito dias da abertura dos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara 2011, os 223 atletas brasileiros já estão com as malas prontas. As Seleções começam a embarcar para o México neste domingo, 6, no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP). O primeiro grupo será formado por Ciclismo e Tiro com Arco. 

Atletismo, Natação, Bocha e Goalball embarcam na segunda-feira, 7 , e as demais equipes  – Basquete em Cadeira de Rodas, Futebol de Cinco, Halterofilismo, Judô, Tênis de Mesa, Tênis em Cadeira de Rodas e Vôlei Sentado – na terça, 8.

A meta do Brasil é manter a hegemonia conquistada no Parapan Rio 2007, quando ficou em primeiro lugar no quadro geral de medalhas, indo 228 vezes ao pódio (83 ouros, 68 pratas e 77 bronzes).

FONTE: CPB

quarta-feira, novembro 2

Cadeirantes têm uma nova maneira de jogar futebol

O Jornal Nacional apresentou hoje (01) uma reportagem interessante : o futebol elétrico. A reportagem é de Renato Ribeiro.

Os ingredientes: uma quadra, cadeiras de roda e uma bola. Os personagens: pessoas tetraplégicas que se recusaram a ver em uma cadeira algo que aprisionasse.

Esse é o “power soccer”. Em português, seria futebol elétrico. Elétrico porque as cadeiras de rodas usam baterias iguais às baterias de carro. São usadas barras de ferro que servem tanto de proteção quanto como contato com a bola, como se fossem as chuteiras.

“É a mesma emoção de quando eu jogava bola. Não tem diferença nenhuma. É uma sensação de superação, de liberdade e de conquista”, diz Ricardo Gonzalez, presidente da Associação Brasileira de Futebol Elétrico.

Ricardo é um dos pioneiros da modalidade no Brasil, que começou em 2009. Ficou tetraplégico depois de um acidente de carro. O objetivo dele é transformar a nova modalidade em esporte de exibição nas Paraolimpíadas do Rio, em 2016.

As regras são simples. Dois times, com quatro de cada lado, incluindo goleiro. A bola é do tamanho da autoestima desses atletas, bem maior do que o normal. O gol fica entre dois cones. E o jogo é disputado em dois tempos de 20 minutos. O mais legal: é unissex e sem limite de idade.

Por isso, famílias começaram a procurar esse time, no Rio, em busca de uma atividade para os filhos. “Hoje ele é um menino muito feliz. O comportamento dele até mudou”, conta José Carlos Borges, pai de Bernardo.

“É legal a integração com pessoas que têm o mesmo problema que eu”, diz o praticante Bernardo Borges.

Eles levam a sério. Os gols normalmente saem de bolas divididas. Os pais viram mecânicos. A cadeira chega a 10 km/h, controlada por um joystick. Alguns têm que prender a mão no controle com uma fita.

Em um clube, na Zona Oeste do Rio, famílias se reúnem todos os sábados para torcer e sorrir. Tudo é adaptado aos atletas, como os banheiros e a rampa na entrada do ginásio. São pessoas que, normalmente, são capazes de fazer poucos movimentos. “Não consigo apertar algumas coisas e não escovo os dentes sozinho”, diz Ricardo Gonzalez.

Os movimentos se transformam na quadra. “É um futebol de cadeirantes, mas eu me sinto como se fosse um jogador de verdade”, conta Lucas, de 9 anos.

“Power soccer”: um novo esporte capaz de mostrar, de novo, o poder do futebol.

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